ESTRELLITA CORNEJO
( Uruguai )
Nasceu em Paso de los Toros, Tacuarembó, Uruguai.
Publicou Cometas sem abril (2001). No mesmo ano concorre na Suecia e Holanda, como representante da aBrace, participando de entrevista e recitais individuais. Lá começou seu trabalho publicando em Mariposas, Mujeres sin capullo de nossas editorais, trabalho este apresentado em Brasília (2002), que continua em Círculo de poesía 3, aBrace 2004. Também publicou em Letras de Babel 2 (2004). Participou da atividade cultural Poesía sin tapas.
Escreve contos para o programa de radio "Contigo, cedro y café", da professora Ana Ribeiro para Setiembre FM.
Manteve até o presente sua atividade no ciclo Nadie es poeta en su tierra.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
LETRAS DEL DESAMOR. Selección de Poesia de Autores Contemporáneos. Montevideo: Bianchi editores; Brasilia: Edições Pilar, s. d. 272 p. ISBN 99574-663-82-2
Ex. bibl. Antonio Miranda
A destiempo
Igual que suene el trueno
a destiempo fue el rayo
así el amor.
No duele la traición si es mi cintura
la que huye del rigor
del documento.
Ese día no llueve en mi conciencia
me siento pluma
cuando fugo a destiempo
hacia la alcoba.
Intento recoger las opiniones
para formar la pared.
Sólo importa gozar
vivir urgente.
Así somos
humanoides de frágil consistencia
mientras el cuerpo juega a ser profeta.
Hasta que cae el muro
empieza a lloviznar en mi conciencia
las opiniones se van a su refugio
y aquél que suportó todas las furias
aprende a caminar
sin nuestro aliento
crea su propio mundo
mata los dardos
y a destiempo
desaloja su historia de mi cuerpo.
Trazos de ayer
¿Como reconocer el cielo en el encierro?
Es necesario correr por las estepas
sentir el frío
para añorar su tibio resplandor
permitir el abrazo
sin odiar lo anterior.
Hay que recuperar el álbum
y no olvidar jamás
que el ayer nos donó la alegría
no fue mezquino.
Hay que juntar los trazos de desamor
para pegarlos
y con ellos hacer un nuevo intento.
Recuerda corazón…
sólo el olvido cura
pero también procura
no volver a pisar donde la espina
destrozó lo que un día pareció flor.
Letras del desamor
Descuido imperdonable
estrella subterránea y sin candela
sorprende al corazón cuando el
amor se apaga
Muere el fuego denunciando el fin de la
Olimpiada del beso, y nos deja
retratos de la ausencia.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
ATEMPORAL
Tal como soa a trovoada
atemporal foi o raio
assim é o amor.
Não dói a traição se é minha cintura
a que foge do rigor
do documento.
Nesse dia não chove em minha consciência
me sinto como uma pluma
quando fujo atemporalmente
até a alcova.
Tento recolher as opiniões
para formar a parede.
Somente importa gozar
viver urgente.
Assim somos
humanóides de frágil consistência
enquanto o corpo se lança a ser profeta.
Até que o muro caia
começa a serenar em minha consciência
as opiniõ
es vão para seu refúgio
e aquele que suportou todas as fúrias
aprende a caminhar
sem nosso alento
cria seu próprio mundo
mata os dardos
e atemporalmente
desaloja sua história de meu corpo.
Traços de ontem
Como reconhecer o céu no confinamento?
É necessário correr pelas planícies
sentir o frio
para ansiar seu tíbio resplendor
permitir o abraço
sem odiar o anterior.
Há que recuperar o álbum
e não olvidar jamais
que o ontem nos doou a alegria
não foi mesquinho.
Há que juntar os traços de desamor
para pegá-los
e com eles tentar outra vez.
Recorda coração…
apenas o olvido cura
mas também procura
não voltar a pisar onde a espinha
destroçou o que um dia parecia ser uma flor.
Letras do desamor
Descuido imperdoável
estrela subterrânea e sem vela
surpreende o coração quando o
amor se apaga
Morre o fogo denunciando o fim da
Olimpíada do beijo, e nos deixa
retratos da ausência.
*
VEJA e LEIA outros poetas do URUGUAI em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/uruguai/uruguay.html
Página publicada em setembro de 2022
|